A Escola Secundária Cristina Torres assinalou hoje o Dia Internacional dos Direitos Humanos com um conjunto de iniciativas encetadas por um grupo de professores do Departamento de Ciências Sociais e Humanas e de Cidadania e Desenvolvimento que procuraram sensibilizar para a urgência de defender valores fundamentais como a liberdade, a igualdade e a justiça. Sob o lema “Um caminho que se faz com todos”, o programa envolveu arte, movimento e reflexão crítica — três dimensões essenciais para formar cidadãos conscientes.
O dia iniciou-se com a apresentação da peça de teatro “Sombras da Humanidade”, criada e encenada por alunos do 9.º ano. Através de jogos de luz e sombra, alunos do 8ºC, 9ºC, 8º A e 11º E deram voz a testemunhos e episódios que ilustram violações de direitos civis (discriminação, injustiça e privação de liberdades fundamentais), ao longo da história e na atualidade. A encenação, emotiva e profundamente simbólica, pretendia levar à reflexão sobre o perigo da indiferença e sobre a responsabilidade coletiva de proteger as liberdades que sustentam as sociedades democráticas.
Paralelamente, os Núcleos de Estágio de Geografia e de História realizaram um peddy paper com os alunos do 9º ano. Organizados em equipas, os alunos percorreram diferentes estações onde foram desafiados com perguntas, dilemas éticos e jogos relacionados com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A dinâmica permitiu transformar o espaço escolar num território de descoberta, promovendo não só o trabalho colaborativo, mas também um olhar crítico sobre problemas atuais: discriminação, desigualdade, violência, discurso de ódio e manipulação da informação.
Estas atividades foram enquadradas pela exposição “Direitos Humanos Pisados”, que conta com trabalhos de alunos das turmas do 8º B e 8º C, resultantes da sua reflexão acerca da violação dos direitos humanos na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, elaborados na disciplina de Educação Visual e finalizados com a prestimosa colaboração do ATL da Escola. Visualmente impactante, retrata de forma metafórica situações em que direitos fundamentais são literalmente “calcados”, podendo, deste modo, abrir caminho ao enfraquecimento dos sistemas democráticos. Cada texto funciona como um alerta para a importância de reconhecer sinais de retrocesso e agir antes que se tornem irreversíveis.
Com estas atividades procurou-se a promoção do respeito, a igualdade, a liberdade e a empatia, valores essenciais na formação de cidadãos capazes de resistir à intolerância e de contribuir para uma sociedade mais humana, justa, participativa e solidária.
Celebrar os Direitos Humanos não é apenas recordar um documento histórico, mas assumir o compromisso de agir — hoje, amanhã e sempre. Porque este é, verdadeiramente, um caminho que se faz com todos.
